Take a chance…

Nos últimos dias andei acompanhada de um desânimo horrível.
Não sentia muita vontade de falar com as pessoas, de rir das piadinhas dos meus amigos, de encarar aulas de literatura, enfim…

Procurando a raiz do problema, pude perceber que a causa deste desânimo
era nada mais, nada menos do que a voz da insegurança gritando muito alto no meu ouvido. Chegando a um ponto onde ou eu ficava surda ou resolvia a questão. E prezando a boa audição é que precisei – realmente precisei – chegar à solução. Expus cada item que me afligia, na maior sinceridade e com o maior medo de sofrer qualquer rechaço.
Mas, no final, foi super bom, sabe? Consegui recuperar meu ânimo e voltar a acreditar que tudo pode dar certo.
Acho que as coisas devem sempre ser resolvidas assim: na base do diálogo.
Guardar apenas para si algo que incomoda, faz mal, deve ser totalmente evitado. E eu não sei fingir estar tudo bem quando não está.

Parece que sempre preciso de respostas concretas para a pergunta “o que vai ser?” e me enlouquece a resposta vaga do “vamos ver no que vai dar”… Mas, por mais que eu não goste, é a mais sensata pra esse momento que eu estou vivendo.
Fazia tanto tempo que eu não encontrava algo que realmente me fizesse sentir assim, que essa insegurança resolve vir com tudo.
E não tiro minha razão. Já sofri tanto, já perdi tanto, que sempre que algo notavelmente bom acontece pra mim, eu fico assim.

Mas sei que isso vai passar, e quando passar eu espero, de coração, que eu consiga ser tudo o que eu quero ser para alguém, que eu consiga entender tudo o que eu quero entender desse alguém, pois quero que seja real, que não faça mal pra nenhum dos dois. Não quero idealizar nada. Eu quero construir isso de acordo com o que a realidade me concede – realidade: um conceito ao qual, de vez em quando, eu preciso me encaixar.
Eu quero ser capaz de fazê-lo feliz. E eu sei que dá.

“And to me that is a happy ending: for you I’d fall, cause that wouldn’t hurt at all.”